Como os protestos em Paris podem afetar sua viagem? Será que você estará em segurança em Paris durante os protestos? Quais atrações abrem ou fecham durante os protestos em Paris?
Você planejou delicadamente aquela sua tão sonhada viagem para Paris. Pesquisou bastante, escolheu seu hotel numa localização agradável, comprou seus ingressos e sonhou ansiosamente com o dia da viagem. Enfim, chegou sua época de viajar, e o que você vê nos noticiários é um cenário caótico e de guerra pelas ruas da cidade que você tanto sonhou em visitar. Mas que pesadelo!
As fotos de Paris neste mês de dezembro são cruéis: carros queimados, janelas quebradas, gás lacrimogêneo e um arco do Triunfo coberto de pixações. A destruição foi resultado de tumultos causados pelos “coletes amarelos” que iniciaram uma série de protestos contra o aumento dos custos de combustível e um novo imposto sobre o gás em toda a França. Os tumultos em Paris tornaram-se violentos no dia 1º de dezembro, especialmente em torno do Arco do Triunfo e em ruas como a Rue de Rivoli.
Com toda essa confusão interna acontecendo em Paris e em toda a França, seus planos de viagem podem ser readaptados. Não é necessário ter pânico, ou cancelar sua viagem. Esses eventos causam certa ansiedade ao viajante, certamente, mas existe um limite para esses protestos.
Atualização em 16 de janeiro de 2019 – Nas primeiras semanas de 2019 os protestos em Paris perderam força. O movimento do coletes amarelos vêm perdendo apoio da população, e um movimento contrário, o dos “Foulards Rouge”, começa a surgir. Esse novo movimento envolve a sociedade francesa contrária à violência ocorrida nos protestos dos coletes amarelos. Em relação aos problemas causados pelos protestos na cidade, os impactos tem sido menores e localizados. Os últimos protestos acontecerem próximo à prefeitua de Paris no 4° arrondissement, e existe expectativa de que os próximos protestos aconteçam fora da parte central da cidade, na região comercial de La Defense. Nenhum monumento ou museu anunciou fechamento para os próximos sábados.
Confira também:
Desde o primeiro protesto de 300 mil pessoas em 17 de novembro, o movimento dos trabalhadores vem protestando todos os sábados nas cidades e nas rodovias em todo a França. Existe um indicativo de que no sábado, dia 15 de dezembro, haverá o chamado quinto ato dos Coletes amarelos (Gilet Jaunes). Esse novo protesto ainda não foi confirmado mas tal como acontece com a maioria dos movimentos europeus, os coletes amarelos alertam os meios de comunicação antes de um protesto ou greve, para que você possa se planejar em torno dele.
A recomendação divulgada pelo Bureau de Turismo de Paris aconselha aos visitantes a ficarem longe apenas das áreas de protesto esperadas, principalmente o 1º arrondissement (Museu do Louvre, Rue de Rivoli, e região), 4º (Place des Vosges e ruas do Marais) e 8º arrondissements (Champs-Élysées, Jardin de Tulieris, e proximidades), área próxima à igreja de Notre Dame e os 16º e 17º arrondissements perto do Arco do Triunfo e Champs-Elysées. A menos que você esteja viajando de carro pela França, você não encontrará muitos coletes amarelos no resto do país. Os protestos tem se concentrado em algumas principais rodovias apenas.
Após a escalada de violência ocorrida nos protestos no sábado, 1° de dezembro, o Governo francês decidiu solicitar o fechamento várias atrações e lojas na cidade para proteger o patrimônio. As principais atrações turísticas de Paris ficaram fechadas com a perspectiva de novos distúrbios na capital francesa.
A Torre Eiffel, o Louvre e a Notre Dame estão entre as dezenas de fechamentos que aconteceram no sábado. A lista de fechamentos inclui alguns dos principais locais culturais da cidade, incluindo o Musée d’Orsay, o Louvre e as Tulherias e o Musee de L’Orangerie. As Catacumbas, o Palais de Tokyo, o Panteão e a Sainte Chapelle, bem como o Arco do Triunfo, danificado nos tumultos do último fim de semana. Você pode acompanhar a lista das atrações fechadas aqui.
Algumas atrações estão permitindo aos visitantes com ingressos para o sábado a oportunidade de alterar a data ou solicitar um reembolso. Os portadores de bilhetes da Torre Eiffel terão o custo do seu bilhete reembolsado automaticamente. Uma série de visitas guiadas também foram canceladas, incluindo a visita ao Big Bus e ao OpenTour.
Confira também:
Não é estranho aos franceses tomar as ruas. O surgimento do movimento dos Coletes Amarelos ecoa outras rebeliões que levaram os líderes franceses anteriores à loucura. Relembre alguns dos principais protestos em Paris ao longo da história.
Confira também: Mini Guia De Visita Ao Museu Do Louvre: 10 Itens Imperdíveis Da Coleção
Há cinquenta anos, estudantes da Universidade Sorbonne ergueram barricadas em um desafio ao status quo. A violência que as autoridades usaram para reprimir os manifestantes levaram os trabalhadores franceses para as ruas, e o crescimento do movimento de 1968, que eventualmente chegou a 9 milhões de pessoas, deixou a França de joelhos.
A revolta levou a um aumento de 35 por cento no salário mínimo e aumentos salariais de 10 por cento. Mas minou a legitimidade do presidente Charles de Gaulle, que se afastou no ano seguinte. Manifestações em massa também forçaram o governo francês a abandonar os planos de reformar o processo de seleção universitária em 1986, a reforma das aposentadorias dos trabalhadores de transporte público em 1995 e a introdução de uma escala salarial mais baixa para recém-formados em 2006.
A memória das revoluções de 1830 e 1848 (que levaram à criação da Segunda República da França), bem como outras revoltas menores, são indelevelmente impressas na psique francesa. O tumulto que se seguiu à revolução de 1830 foi imortalizado em Les Misérables, de Victor Hugo, um clássico da literatura francesa e um dos musicais mais famosos de todos os tempos, culminando em um confronto nas barricadas durante a Revolta de 1832 em Paris.
Em décadas posteriores, temendo que tais protestos pudessem ameaçar seu poder, Napoleão III recorreu à ajuda do barão Haussmann para planejar as ruas notoriamente estreitas de Paris em avenidas largas e facilmente acessíveis, dando origem às largas avenidas da cidade. Pensou-se que isso impediria a construção de barricadas que impediam os soldados de restaurar a ordem. Mas a longa tradição de protesto do país obstinadamente resistiu a todas as tentativas de impedi-lo, como demonstraram os manifestantes do colete amarelo que ainda erguem barricadas.
Esses protestos em Paris podem atrapalhar a sua viagem, mas não deveriam. Como vimos, os protestos acontecem apenas aos sábados, e são amplamente divulgados na imprensa os locais a serem evitados. Procure programar no seu roteiro para esse dia atividades que não incluam as regiões afetadas e você nem perceberá que os protestos existem. A região de Montmartre, por exemplo, não sofreu com os protestos. Outra opção é aproveitar o sábado para fazer uma viagem curta a alguma região ou cidade próxima de Paris. Confira aqui algumas sugestões. Dica importate: Se você optar por visitar o Palácio de Versailles, o ideal é conferir na data mais próxima de ele estará aberto. No mais, vá ser feliz em Paris! Você merece!
Sobre a Autora: Apaixonada por Paris, realizei meu sonho de visitar a cidade pela primeira vez em 2010. Depois de voltar muitas vezes, decidi criar esse blog para compartihar minhas dicas e ajudar você a planejar sua viagem sozinho.
Castelos perto de Paris para visitar: A França tem alguns dos castelos mais bonitos do…
Visitar Paris em maio é encontrar a cidade em plena primavera com toda a sua…
Se você estiver indo para Paris em julho, com certeza você vai se divertir. Mesmo…
Paris em Abril: Finalmente chegou a hora de ver Paris iluminada pelo sol. Essa é a época…
Roteiro Emily em Paris: Preparei um roteiro especial para os fãs da série "Emily in…
Paris em Março é o momento que a cidade começa a despertar dos dias mais…
This website uses cookies.